“Com R$ 600 o cliente pode ter sua central completa com três, quatro sensores. E ele mesmo pode instalar”, diz o vendedor Ricardo Quintino da Silva.
De cada dois compradores, um é amador e vai ligar os fios por conta própria. A participação dessas engenhocas no faturamento da loja já chega a 30%.
O mercado de segurança eletrônica movimenta R$ 2,5 bilhões por ano, no Brasil. São 5 mil empresas especializadas, pelo menos no nome. Mas quem entende de verdade do assunto liga um alarme: assim como existem equipamento de todos os preços, existem resultados de todos os tipos. Inclusive de insegurança.
“Comprando esses equipamentos, sem ter a arquitetura de um plano de segurança, você acaba criando a falsa sensação de segurança, que é maior o perigo”, alerta o consultor de segurança Marcos Menezes.
Tema discutido em um Congresso, organizado junto a uma feira de produtos. A arma de efeito paralisante, por exemplo, é de uso restrito a policiais. Mas segundo o professor de Engenharia de Segurança da USP, Ronaldo Pena, assim como ela, nenhum recurso de segurança deveria ser comprado como um simples eletrodoméstico.
“Como na Europa e nos Estados Unidos, precisamos avançar com a profissionalização do segmento, para que possamos oferecer legislação, normatização, capacitação, para que possamos obter eficácia”, aponta.